O sol brilha forte em Kagamino. As abelhas entram e saem da colméia trazendo bastante néctar na sua barriga e bolinhos de pólen na cesta de pólen, situada nas tíbias das patas traseiras. Não é cansativo ver estas cenas repetindo-se por muito tempo. Quando uma abelha voa em direção reta com velocidade, paira a curiosidade de saber para que local ela vai com tanta pressa.
As abelhas operárias não podem sair logo após a formação completa das asas. Elas cuidam das larvas, fazem faxina, constroem o ninho, fazem a maturação do mel, patrulham a colméia e assim que terminam todas estas tarefas é que saem pela primeira vez da colméia para coleta de néctar e de pólen.
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Nos primeiros vôos, as abelhas aprendem a disposição da colméia pelo vôo de reconhecimento (vôo de orientação). No dia ensolarado e quente, de meio dia a 3 horas da tarde, milhares de abelhas jovens saem da colméia e fazem o vôo de reconhecimento e aprendem a situar a disposição da colméia. Os apicultores costumam chamar este momento de"hora da agitação. Eu gosto muito de observar este cenário, muitas das vezes almoçando perto da colméia. Observando com muita atenção, a abelha faz uma parada por alguns segundos no ar, olhando a colméia e, em seguida, voa alguns quilômetros numa determinada direção e volta ao ninho. Repetindo várias vezes esta movimentação, assim vai aprendendo a voar à longa distãncia. Por outro lado, pode-se observar no alvado algumas operárias de calda para fora e levantadas, movimentando intensamente as asas. Estas operárias estão orientando a localização da colméia, emitindo feromônio, que é levado pelo vento, para as abelhas jovens não se perderem no caminho. Assim, as abelhas jovens são orientadas pelas abelhas mais antigas, preparando-se para a revoada de colheita de alimentos. |